Cie.R.A.M.a (FR) e da Carnaúba Criações (BR)
Numa experiência inédita de transmissão coreográfica transoceânica, os artistas envolvidos se engajam na adaptação de uma escrita e de uma didática precisas aos corpos e público brasileiro. My (petit) Pogo, do coreógrafo Fabrice Ramalingom, é sua obra que mais circulou na França. Essa experiência singular, em parceria com a Bienal Internacional de Dança do Ceará e o Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife, abre um novo momento da obra ligado à sua difusão internacional. Esse projeto piloto inspira a transmissão da mesma obra na Alemanha e no Canadá.
Como é feito um espetáculo de dança ?
Quais materiais e ferramentas são utilizados em relação ao tema ?
Como organizar esse balanço de ideias após atravessar um processo ?
Como uma ideia inicial chega a uma forma espetacular ?
My (petit) Pogo é uma performance que se apoia no tema My Pogo, criação de 2012 : é uma peça que tem como temática o posicionamento face a um grupo e que convoca questões mais amplas sobre a « convivência » e a « integração ». Em My Pogo, trata-se de encontrar seu espaço. Esse questionamento é vivenciado coreograficamente por um grupo que se move, apertados como em um ovo, onde todos buscam seu lugar em relação aos outros. É um núcleo, um bloco de heterogeneidade.
O espetáculo My (petit) Pogo passeia entre didática e sensibilização artística. É um convite para entrar na obra, passando pela engrenagem do ateliê de produção, pela descoberta do processo de criação para, finalmente, ver a obra acontecer.
Criação e coreografia Fabrice Ramalingom Produção Carnauba Criaçoes (BR) e Cie R.A.M.a (FR) Coprodução Bienal Internacional de Dança do Ceará - De Par Em Par Patrocínio Consulado Geral da França para o Nordeste em Recife Assistente de direção e ensaiadora Clarice Lima Elenco Clarissa Costa, Jhon Morais, Sâmia Bittencourt, Rosa Primo, Rafael Abreu.
Fabrice Ramalingom é artista da dança : coreógrafo, dançarino, performer, ensaiador, professor, pedagogo, dramaturgo, etc...
Depois sua formação no Centro Nacional de Dança Contemporânea de Angers, ele começou sua carreira de bailarino-intérprete de Dominique Bagouet e Trisha Brown e, logo depois, com Hervé Robbe, Benoit Lachambre, Boris Charmatz e Anne Collod. Paralelamente a aventura com a companhia La Camionetta, que ele co-fundou juntamente com Hélène Cathala, Fabrice se engaja nos Carnets Bagouet, célula de reflexão e de transmissão das obras desse importante coreógrafo francês. Na mesma época, criou o Changement de propriétaire, um espaço alternativo transdisciplinar de produção e criação.
Com a Cie. R.A.M.a, criada por ele em 2006, desenvolveu 14 peças onde questiona as noções do "estar juntos" e a ideia de "emancipação". Fabrice colabora igualmente com artistas de outras linguagens como os diretores de teatro Marc Baylet, Jean- Michel Ribes, Vincent Ecrepont, a musicista Maguelone Vidal, os cineastas Valérie Donzelli, Olivier Ducatel et Jacques Martineau, a escritora Emmanuelle Bayamack-Tam e a cantora Vanessa Paradis.