Uma dança que integra a diversidade dos corpos e se entrega ao possível.

Acessibilidade

Em cena, jogo e realidade se fusionam. Insistindo sobre a mão, o corpo, o gesto, a infância ver-se e integra-se em sua diversidade. A auto apropriação do corpo abre-se e entrega-se ao imprevisto, onde daí o espaço de jogo é fabricado, a partir de sua porosidade, suas brechas e linhas de fuga. Instaura-se, assim, o acesso. É disso que trata a acessibilidade, como prática de cuidado e acolhimento.

Em dança, acessibilidade estética como uma forma de acessibilidade necessária nos espaços, fazendo-se mediação, em sua condição de estar entre muitos, transitando, articulando, ativando as sensibilidades impregnadas na pele da vida, em movimento, com movimento. Oferecer diferentes possibilidades de encontro com a dança, espetáculos em formatos acessíveis, promovendo uma experiência partilhada na sua diversidade, é o sentido de acessibilidade que busca-se nesse projeto - tendo na dança a potência da mediação, transversalizando suas ações e mobilizando os corpos dos espectadores não pelo que lhes falta, mas pelo que lhes constitui. Estando entre muitos, integrando as diversidades (cultural, dos corpos, locais, saberes, etc.), a prática do cuidado e acolhimento abre-se à pura presença.